segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016




Tenho tido o privilégio de acompanhar pastoralmente bem de perto a alguns jovens, alguns pais, alguns casais. Não aquele atendimento que acontece uma única vez e parece que tudo fica resolvido.
Estou falando de um processo. Um processo de oração, de ouvir e acolher no coração a voz de Deus, um processo de aconselhamento pastoral, de mentoria, de discipulado. Quando as pessoas encontram forças para deixarem de ser vítimas de um passado ruim para serem sobreviventes e curadas e livres para viverem o novo de Deus, sem neuras, sem drogas (álcool e calmantes, inclusive). Quando ousam explicitar sem raiva ou complexo o que sofreram, confrontando algumas vezes quem a feriu olho no olho, e encontrando no Espírito Santo forças para a experiência do perdão e reconstrução dos laços de amor e confiança.

Saio desses encontros, dessas conversas, e participo desse processo com o coração cheio de alegria. Extremamente grato a Deus. E todo dia tenho consciência que uma pessoa tão ferida quando eu fui, Deus em sua misericórdia, é capaz de fazer de novo, e me dar esse privilégio de ser portador da Palavra da Vida que faz com outros o que Deus fez em mim mesmo.

Não quero falar de mim. Mas da misericórdia de Deus. Um Deus presente, passional, misericordioso, teimoso (irredutível) no seu propósito de salvar gente para a qual não vemos méritos e possibilidades. Mas Ele tudo pode e faz de tudo. Gosto de pensar que o verdadeiro poder de Deus está no seu amor. E seu poder cuida de mim e se manifesta através de mim em forma de amor. O amor faz milagres!!! Deus é amor!! Aleluia!!

É demais ser pastor a serviço desse Deus e por seu amor e poder cuidar de gente... não há outra coisa que eu queira fazer. Nasci para isso. Fui chamado (vocare = vocacionado) para esse ministério: cuidar de pessoas reais, concretas, ambíguas, reticentes... mas amadas incondicionalmente por Deus.

Hoje foi um dia assim.


Nenhum comentário:

Postar um comentário